Atacado por Joice, Kim diz que articulação é catástrofe
Ele também afirmo que a reforma encaminhada pelo governo morreu
Foto - Reprodução/YouTube
O barraco desta segunda-feira (25) no Congresso veio de uma troca de farpas entre a líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), e o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), líder do MBL (Movimento Brasil Livre).
Ex-aliados durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT), eles bateram via Twitter boca por causa da articulação política (ou falta dela). O clímax foi Joice chamando Kim, 23, de "moleque" e sugerindo que ele "pegue a chupeta e vá nanar".
Kim falou à reportagem sobre o imbróglio. Ele critica a articulação do governo e diz que a reforma da Previdência morreu.
Pergunta - O que o sr. achou do tuíte da deputada Joice Hasselmann que o chama de moleque?
Kim Kataguiri - Quando entra no terreno da baixaria, prefiro não responder. Minha crítica é à articulação política do governo.
P - E qual sua avaliação?
KK - É uma catástrofe.
P - Por culpa de quem?
KK - É principalmente por causa do perfil do Bolsonaro, de não querer dialogar com o Congresso, de não querer receber parlamentares, de falar para todos os ministros fecharem as portas, de não escutar os projetos. Ou seja, de não fazer articulação republicana. O governo está tentando transformar a articulação em sinônimo de corrupção. Quando na verdade é escutar os projetos [dos parlamentares] para eventualmente encaminhar nos estados. Construir pontes, fazer hospitais, é legítimo também. Isso não tem nada a ver com corrupção.
P - Como o sr. avalia as escolhas dele para sua liderança no Congresso?
KK - Ele ficou traumatizado com o erro do major [Major Vitor Hugo, do PSL-GO, líder do governo na Câmara], que é um cara que não se impunha com os líderes, e aí acabou exagerando, tentando apagar o fogo com pólvora, nomeando a Joice.
P - Que consequência o estilo dela pode ter?
KK - O efeito que gera é que quanto mais parlamentares ela ataca, mais sentimento de corpo contra o governo gera nos outros parlamentares.
P - Com essa situação, qual o futuro da reforma da Previdência?
KK - A reforma encaminhada pelo governo morreu, não tem chance de ser votada e aprovada. Mas acho que também tem um senso de responsabilidade aqui de boa parte dos parlamentares. E mesmo a pressão dos governadores, que faz efeito. Acredito que talvez a gente retome o texto do Arthur Maia [relator da proposta apresentada no governo Temer], o que resolveria o problema a curto prazo da Previdência e ao mesmo tempo o centrão não seria derrotado.
P - Essa morreu por quê?
KK - Principalmente pela questão dos militares, mas pelo conjunto da obra. Pela falta de tato do governo. No caso dos militares, dizer que a economia vai ser de R$ 90 bi, quando na prática vai ser de R$ 10 bi.
P - Esses ataques da Joice são dela, ou vem uma ordem de cima, do Palácio?
KK - Eu acho que é a linha geral do governo, mas também vem ao encontro da personalidade dela.
P - Vocês tinham uma boa relação no passado, por exemplo durante o impeachment de Dilma, não?
KK - Sim. Estivemos juntos. Mas ela não reconhece que o trabalho dela não está funcionando. E há um sentimento de que a única direita possível é a do Bolsonaro.
Defesa de Lula teme julgamento do caso triplex sem aviso prévio
Advogados do petista pedem para ser avisados com antecedência sobre o julgamento
Foto-Ricardo Stuckert
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) para ser citada com pelo menos cinco dias de antecedência sobre a data do julgamento do caso do tríplex na Corte. De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, os advogados temem que o processo seja colocado em pauta nesta terça-feira (26), sem aviso prévio.
Um manifesto com mais de 400 assinaturas de advogados e juristas foi protocolado no gabinete dos quatro ministros do STJ que devem julgar o ex-presidente.
O documento afirma que “é absurdo” o ex-presidente Lula estar condenado e preso por corrupção, num processo que consideram sem provas. “Onde estão os recursos indevidamente apropriados? Em que bancos estarão as contas abarrotadas de dinheiro sujo?”.
Bolsonaro pretende fortalecer duas frentes de comunicação sobre a reforma da Previdência
Foto-REUTERS
O presidente Jair Bolsonaro comanda hoje (26) à tarde a 8ª Reunião do Conselho de Governo, no Palácio do Planalto, quando vai reunir os ministros para tratar dos assuntos prioritários da gestão. A proposta de emenda à Constituição da reforma da Previdência (PEC 6/19) deve ser um dos temas do encontro. A expectativa do governo é aprovar o texto no primeiro semestre deste ano, para isso, Bolsonaro pretende fortalecer duas frentes de comunicação sobre a reforma, uma voltada especificamente para parlamentares e outra para a opinião pública em geral.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, não participa dessa 8ª reunião. Ele estará na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara para discutir a proposta. Os parlamentares querem que o ministro esclareça pontos da medida, a reforma previdenciária dos militares, a reestruturação da carreira das Forças Armadas e a necessidade de mudança do sistema de Previdência Social do país.
Esta é a primeira fase de tramitação do texto no Legislativo, mas que está sem relator. Devido a impasses nas articulações políticas entre Poder Executivo e Câmara dos Deputados, o presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), decidiu adiar a indicação do relator até que o cenário político esteja mais favorável para a aprovação da reforma no âmbito da comissão. A previsão é que o nome seja indicado até quinta-feira (28)
Mandato é de dois anos. Pessebista participou de reunião com ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta segunda-feira (25), para tratar de temas como a reforma da previdência.
Paulo Guedes, ministro da Economia, e o prefeito de Campinas (SP), Jonas Donizette — Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O prefeito de Campinas (SP), Jonas Donizette (PSB), foi reeleito presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), na tarde desta segunda-feira (25). O mandato é de dois anos.
Durante o dia, ele esteve em Brasília (DF), onde participou de uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para discutir temas como a reforma da previdência e impactos para os municípios. Os prefeitos das cidades mais populosas do país também reivindicaram ao governo federal medidas para ampliar a descentralização dos recursos arrecadados com os impostos.
A FNP tem como foco de atuação pelo menos 400 municípios com pelo menos 80 mil habitantes. O grupo abrange 100% das capitais, 60% dos habitantes e 75% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
26 de março, terça-feira – Os destaques dos principais jornais e revistas (Clique no link)
http://www.foconapolitica.com/2019/03/26/26-de-marco-terca-feira-os-destaques-dos-principais-jornais-e-revistas/
Desembargador do TRF2 manda soltar Michel Temer, Moreira Franco, Coronel Lima e mais 5
(Reportagem completa no link )
http://www.foconapolitica.com/2019/03/25/justica-determina-soltura-do-ex-presidente-michel-temer/
'O presidente precisa descer do palanque', diz vice da Câmara
"O novo Brasil tem de começar de onde o Brasil estava dando certo, não do zero. Eles parecem que querem começar o Brasil do zero."
Foto-Alan Santos/PR
Em forte recado ao governo, o vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (PRB-SP), diz que Jair Bolsonaro precisa "descer do palanque" e se colocar no papel de presidente. À frente do PRB e com forte ascendência sobre a bancada, que tem 31 deputados, ele reclama da falta de atenção do governo com os parlamentares, que não estão sendo recebidos nos ministérios. "O novo Brasil tem de começar de onde o Brasil estava dando certo, não do zero. Eles parecem que querem começar o Brasil do zero."
Ex-ministro de Indústria de Michel Temer, Pereira, que é advogado de formação e bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, avalia que o mal-estar no Congresso hoje é generalizado e que as reclamações lembram o governo Dilma. "É muito parecido. Política é diálogo, é atenção, são gestos. Não tenho visto gestos, atenção nem diálogo".
Incomoda o discurso do governo contra a política tradicional?
Evidentemente. O presidente não pode dizer que não é político estando há 28 anos na política. Ele se elegeu sem partido, porque o PSL praticamente não existia, e acha que não precisará dos partidos agora. Mas são os partidos que têm como dialogar com os parlamentares. As frentes temáticas não têm como fechar questão. Não estou falando de troca-troca ou toma lá, dá cá. Estou falando de diálogo. É isso que incomoda.
Respondendo a Maia, o presidente disse que seu trabalho na Previdência estava feito.
O presidente parece não querer aprová-la. Como deputado, sempre votou contra todas as propostas de reforma. Como candidato, a criticou. Agora, como presidente, joga a responsabilidade no Parlamento. O Rodrigo está sendo muito proativo. O problema é que ele constrói e o governo, do outro lado da rua, desconstrói. Hoje não tem 50 votos. Nem o PSL vota 100%. Talvez o governo tenha sido amador por falta de experiência.
Bolsonaro pode inaugurar nova forma de negociação?
Precisamos avançar e sou favorável que a gente avance. O presidente disse que não tem mais indicação dos partidos nos ministérios e que quer empoderar o deputado. Apoio. Disse que, ao anunciar determinada obra, chamaria os parlamentares que podem ser base, os levaria junto para dizer à população que aquilo é possível graças a atuação do deputado tal. Isso se faz com diálogo, conversa, articulação política. Não é toma lá, da cá. Liberar recursos para as bases dos parlamentares é natural. Eu, como deputado, não quero e não vou indicar para cargo do governo. Alguns deputados meus precisam e não vou impedir. Será decisão pessoal. Não obriga o partido a votar 100% as pautas do governo.
PRB descarta fazer parte da base do governo?
Da forma como está montado o governo hoje, acho muito difícil, porque não há diálogo. Com político, 50% é atenção e 50% é a solução, a resposta à demanda, que pode até ser não. Tem deputado reclamando que está demorando 15 dias para conseguir audiência com ministro. Esse deputado já tem predisposição de não votar com o governo.
É um governo de má vontade?
É um governo mal organizado. Pedi uma audiência no MEC com um secretário, porque o prefeito de uma cidade me pediu. O prefeito me reportou que, quando o secretário chegou, disse: "você está aqui com o prefeito, veio com o deputado, mas não precisa de político aqui não, tá? Você poderia ter vindo sozinho." Uma atitude como essa é negar a política. É uma ofensa, claro. Falta sensibilidade política. Um burocrata vem dizer que não tem política? O dia que ele tiver 140 mil pessoas apertando o nome dele nas urnas como eu tenho, ele pode agir da forma que agiu. É falta de respeito com o cidadão que estou representando. É isso que estou falando, não é toma lá, dá cá. O novo Brasil tem de começar de onde estava dando certo, não do zero. Eles parecem que querem começar o Brasil do zero.
E o Congresso?
O Congresso já está com má vontade porque a má vontade está vindo do lado de lá. O mal estar é generalizado. O senador Fernando Bezerra é muito jeitoso, tem experiência. O major Vitor Hugo é dedicado, boa pessoa, mas não tem experiência. A impressão que passa é que não tem força.
Era uma reclamação que se ouvia com a Dilma. É parecido?
Tinha dificuldade também. É muito parecido. Política é diálogo, é atenção, são gestos. E eu não tenho visto gestos, atenção nem diálogo.
E por que está acontecendo?
Eles estão sendo vítimas da retórica da campanha. O governo precisa entender que não está mais em campanha. O presidente precisa descer do palanque. Até porque não tem essa ampla vantagem, não. Dos 57 milhões de votos, foram 10 milhões de diferença para o candidato derrotado. Ele tem que governar para 210 milhões de brasileiros.
A pauta ideológica do presidente tem atrapalhado?
Esse ativismo do presidente nas redes sociais... Ele tem de entender que agora é o presidente, então tem temas que ele não pode abordar porque causa instabilidade. O presidente precisa tirar senha do Twitter do Carlos (filho de Bolsonaro) e se colocar na função de presidente. Militares reclamam de Carlos. Congresso reclama de Carlos. Aliados reclamam de Carlos. PSL reclama de Carlos. Imprensa reclama de Carlos. Agora, Paulo Guedes reclamou de Carlos. Na cabeça do pai, Carlinhos tem razão e é incompreendido.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Bom dia! Aqui estão os principais assuntos que a ABRACAM proporciona, para você começar o dia bem-informado (Clicar no link)
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21 de março, quinta-feira
Bom dia! Aqui estão os principais assuntos para você começar o dia bem-informado.
Maia critica, Moro rebate. O presidente da Câmara diz que o ministro da Justiça 'conhece pouco a política' e que 'copiou e colou' o projeto anticrime levado ao Congresso. Moro rebateu e afirmou que apresentou 'projeto de lei inovador e amplo' e disse esperar que seja analisado 'com a urgência que o caso requer'. Reforma da Previdência: para porta-voz de Bolsonaro, a proposta é o 'centro de gravidade' do governo. No dia do seu aniversário, o presidente viaja ao Chile para discutir a criação do Prosul com líderes sul-americanos. No Reino Unido, o Conselho Europeu se reúne para decidir se aprova o adiamento do Brexit. O que é notícia hoje:
Maia e Moro
O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro — Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, andam se estranhando. Maia fez críticas, ao afirmar que Moro "conhece pouco a política" e está "passando" daquilo que é sua responsabilidade como ministro e mais: "copiou e colou" o projeto anticrime levado ao Congresso. Moro rebateu as críticas, ao afirmar que apresentou um "projeto de lei inovador e amplo" e espera que seja analisado "com a urgência que o caso requer".
NATUZA NERY: Troca de mensagens por celular motivou controvérsia entre Maia e Moro
Reforma da Previdência
O porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, afirma que a ida do presidente à Câmara ontem mostrou a importância que o governo dá à Previdência Social. Bolsonaro foi ao Congresso entregar o projeto de lei que trata da aposentadoria dos militares - a proposta de emenda à Constituição (PEC) sobre a reforma da Previdência foi entregue em fevereiro. "Se eu fosse usar uma expressão militar, a palavra-chave seria 'centro de gravidade'", afirmou Rêgo Barros. Leia no blog da Andréia Sadi.
Reforma da Previdência dos militares e reestruturação de carreiras preveem economia de R$ 10,45 bilhões em dez anos
Texto engloba PMs e bombeiros; estados devem poupar R$ 52 bi
PRÓXIMOS PASSOS:confira o caminho da proposta no Congresso
Bolsonaro no Chile
Bolsonaro viaja hoje, ao completar 64 anos, ao Chile para participar de um encontro de cúpula com outros chefes de Estado sul-americanos para discutir a criação de um novo fórum de desenvolvimento, chamado previamente de Prosul. O organismo, idealizado pelo presidente chileno Sebastián Piñera, substituiria a União das Nações Sul-Americanas (Unasul), criada em 2008, em um momento em que o continente era comandado majoritariamente por presidentes ligados à esquerda. Além de Bolsonaro e Piñera, outros cinco presidentes sul-americanos confirmaram presença: Mauricio Macri (Argentina), Mario Abdo Benítez (Paraguai), Martín Vizcarra (Peru), Iván Duque Márquez (Colômbia) e Lenín Moreno (Equador).
Brexit
O Conselho Europeu se reúne nesta quinta-feira para discutir se concede ao Reino Unido um adiamento do Brexit, permitindo que o país deixe o bloco no dia 30 de junho, em vez de 29 de março. A primeira-ministra britânica, Theresa May, irá a Bruxelas para participar do encontro. Para que a nova data seja aprovada, é preciso que todos os 27 integrantes da União Europeia concordem.
Ataque contra mesquitas
Primeira-ministra Jacinda Ardern — Foto: David Lintott / AFP
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, anunciou a proibição da venda de armas semiautomáticas de estilo militar e fuzis de assalto no país. A premiê já havia adiantado que apresentaria uma legislação mais dura após o atentado cometido na semana passada contra duas mesquitas em Christchurch, quando 50 pessoas morreram.
Educação
Dados divulgados pelo movimento Todos pela Educação apontam que o aprendizado de matemática dos estudantes do 3º ano do ensino médio caiu 0,7 pontos percentuais no Brasil entre 2007 e 2017. Isso quer dizer que os concluintes desta etapa de ensino estão saindo da escola sabendo menos do que os estudantes formados há uma década.
Curtas e Rápidas:
TCU:86% dos cargos em estatais têm salários superiores a vagas semelhantes no setor privado
Operação de buscas em Brumadinhoultrapassa Mariana e já é a mais longa da história de MG
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Mulher é presa nos EUA acusada de forçar filhos adotivos a aparecerem em vídeos do YouTube
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Blog do Samy Dana:como saber se as taxas de uma transferência de financiamento estão adequadas?
Futebol
Copa Sul-Americana
19h15: Antofagasta x Fluminense
Campeonato Carioca
21h30: Botafogo x Portuguesa-RJ
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Jornal Nacional
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Michel Temer é preso pela Lava Jato; PF faz buscas por Moreira Franco
Mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da Justiça Federal do Rio de Janeiro. Procurada pela G1, a defesa do ex-presidente não atendeu.
O ex-presidente Michel Temer foi preso em São Paulo na manhã desta quinta-feira (21) pela força-tarefa da Lava Jato. Os agentes ainda tentam cumprir um mandado contra Moreira Franco, ex-ministro de Minas e Energia.
Preso, Temer é levado para o Aeroporto de Congonhas, onde vai embarcar em um voo e será levado ao Rio de Janeiro. O ex-presidente vai fazer exame de corpo de delito no IML em um local reservado. Ele não deve ser levado à sede da Polícia Federal da Lama.
Imagem de arquivo de junho de 2018 mostra o então presidente Michel Temer com o então ministo Moreira Franco durante assinatura de decretos que regulamentam o Código de Mineração — Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, responsável pela Lava Jato no Rio de Janeiro.
Ex-presidente Michel Temer é preso
Assista o vídeo - http://g1.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/videos/v/ex-presidente-michel-temer-e-preso/7474159/
Desde quarta-feira (20), a Polícia Federal (PF) tentava rastrear e confirmar a localização de Temer, sem ter sucesso. Por isso, a operação prevista para as primeiras horas da manhã desta quinta-feira atrasou.
O G1 ligou para a defesa de Temer, mas até as 11h25 os advogados não haviam atendido a ligação. Ainda não está claro a qual processo se referem os mandados contra Temer e Moreira Franco.
O ex-presidente Michel Temer responde a dez inquéritos. Cinco deles tramitavam no Supremo Tribunal Federal (STF), pois foram abertos à época em que o emedebista era presidente da República e foram encaminhados à primeira instância depois que ele deixou o cargo. Os outros cinco foram autorizados pelo ministro Luís Roberto Barroso em 2019, quando Temer já não tinha mais foro privilegiado. Por isso, assim que deu a autorização, o ministro enviou os inquéritos para a primeira instância.
Carro deixa a casa do ex-presidente Michel Temer, em São Paulo — Foto: Gessyca Rocha/G1
Entre outras investigações, Temer é um dos alvos da Lava Jato do Rio. O caso, que está com o juiz Marcelo Bretas, trata das denúncias do delator José Antunes Sobrinho, dono da Engevix. O empresário disse à Polícia Federal que pagou R$ 1 milhão em propina, a pedido do coronel João Baptista Lima Filho (amigo de Temer), do ex-ministro Moreira Franco e com o conhecimento do presidente Michel Temer. A Engevix fechou um contrato em um projeto da usina de Angra 3.
Michel Temer e Moreira Franco são vistos durante cerimônia em Brasília em maio de 2018 — Foto: Mateus Bonomi/AGIF/AFP Michel Temer e Moreira Franco são vistos durante cerimônia em Brasília em maio de 2018 — Foto: Mateus Bonomi/AGIF/AFP
Rodrigo Maia critica Sérgio Moro e diz que ministro da Justiça 'conhece pouco a política'
Deputado afirmou que Moro copiou e colou projeto do ministro do STF Alexandre de Moraes sobre combate ao crime organizado. Moro diz esperar que o projeto seja tratado com a 'urgência que o caso requer'
Rodrigo Maia critica Sérgio Moro (ASSISTA O VÍDEO)
https://g1.globo.com/politica/video/rodrigo-maia-critica-sergio-moro-7472627.ghtml
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez críticas ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, nesta quarta-feira (20). O parlamentar afirmou que Moro "conhece pouco a política" e está "passando" daquilo que é sua responsabilidade como ministro.
Sobre as declarações do presidente da Câmara, Moro afirmou que apresentou, em nome do governo, "um projeto de lei inovador e amplo contra crime organizado, contra crimes violentos e corrupção, flagelos contra o povo brasileiro".
"A única expectativa que tenho, atendendo aos anseios da sociedade contra o crime, é que o projeto tramite regularmente e seja debatido e aprimorado pelo Congresso Nacional com a urgência que o caso requer. Talvez alguns entendam que o combate ao crime pode ser adiado indefinidamente, mas o povo brasileiro não aguenta mais", afirmou Moro.
Maia deu as declarações ao ser questionado sobre a postura de Sérgio Moro em relação ao andamento do pacote que enviou à Câmara com propostas de combate à corrupção, ao crime organizado, e a crimes violentos. A proposta de Moro, que contém três projetos, foi encaminhada ao Congresso em fevereiro.
“Eu acho que ele conhece pouco a política. Eu sou presidente da Câmara, ele é ministro, funcionário do presidente Bolsonaro. O presidente Bolsonaro é que tem que dialogar comigo. Ele está confundindo as bolas. Ele não é presidente da República. Ele não foi eleito para isso. Está ficando uma situação ruim para ele, porque ele tá passando daquilo que é a responsabilidade dele”, disse Rodrigo Maia.
Em outro momento da entrevista, Maia afirmou que o pacote de Sérgio Moro é uma cópia da proposta encaminhada à Câmara, no ano passado, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O magistrado liderou uma comissão de juristas, que elaborou projeto para combater crime organizado e tráfico de armas e drogas.
Maia acrescentou que a Câmara vai analisar o pacote de Moro e a proposta da comissão de juristas de maneira conjunta. Mas que isso vai acontecer, “no momento adequado”, depois de os deputados votarem a reforma da Previdência.
“O projeto é importante. Aliás ele tá copiando o projeto do ministro Alexandre de Moraes. Copia e cola. Então, não tem nenhuma novidade. Poucas novidades no projeto dele. Nós vamos apensar um ao outro. O projeto prioritário é o do ministro Alexandre de Moraes”, declarou o presidente da Câmara.
Na última sexta-feira (15), Rodrigo Maia determinou a criação de um Grupo de Trabalho para analisar os projetos em um prazo de 90 dias.
Segurança Pública, Sérgio Moro, após reunião na data de apresentação do pacote anticrime, na Câmara dos Deputados — Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, após reunião na data de apresentação do pacote anticrime, na Câmara dos Deputados — Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
Pacote anticrime e Previdência
Mais cedo, nesta quarta, Sérgio Moro disse que o pacote anticrime pode "tramitar em conjunto" com a proposta da reforma da Previdência e afirmou que mantém conversas com Rodrigo Maia.
"Nós estamos conversando muito respeitosamente com o presidente deputado Rodrigo Maia, expondo as nossas razões. E, na minha avaliação, isso pode tramitar em conjunto [sobre reforma da previdência]. Não haveria maiores problemas, mas nós vamos conversar. Estamos abertos ao diálogo evidentemente e as decisões relativas ao Congresso pertencem ao Congresso", disse.
Questionado sobre se a criação do grupo de trabalho atrapalha o projeto, Moro disse "que o desejo do governo é que isso [projeto] fosse desde logo encaminhado às comissões".
"Olha, o desejo do governo é que isso fosse desde logo encaminhado às comissões para debate, mas isso vai ser conversado respeitosamente com o deputado Rodrigo Maia", afirmou Moro.
Em outra entrevista concedida nesta quarta, Rodrigo Maia disse que Sérgio Moro "não é deputado" ao ser questionado sobre as declarações do ministro da Justiça.
"O Moro está desrespeitando um acordo meu com o governo. O nosso acordo é priorizar a Previdência, né? Eu espero que ele entenda que hoje ele é ministro de Estado, ele está abaixo do presidente. Eu já disse a ele que esse projeto vai ser posterior à previdência, é só isso", disse o deputado do Rio de Janeiro.
No início de fevereiro, na mesma semana em que o projeto de Moro foi apresentado ao Congresso, Rodrigo Maia afirmou que o pacote anticrime tramitaria paralelamente à Reforma da Previdência.
"Vai tramitar [projeto anticrime] em paralelo pra ele não ficar parado. Tem que tramitar, Não pode tramitar junto, são temas distintos. Mas ele vai tramitar na velocidade que atende aos interesses da sociedade em ter uma lei que endureça a pena contra o crime organizado no Brasil. É um projeto que vem em um bom momento, é importante o governo federal avance e modernize a legislação e contra a corrupção e o crime organizado. Nós vamos tramitar sem nenhum obstáculo", disse.
Frente da Segurança Pública
De acordo com o deputado Capitão Augusto (PR-SP), coordenador da Frente Parlamentar da Segurança Pública, a intenção é terminar o relatório do Grupo de Trabalho em até três semanas, em vez dos 90 dias previstos.
"Durante a solenidade aqui eu recebi uma mensagem do presidente da Casa, Rodrigo Maia, ele acabou de me nomear relator dessa comissão especial de estudo, então é algo que depende agora de mim, para estar apresentando de uma forma muito célere e não utilizar os 90 dias. Minha intenção, até falei para o ministro Sergio Moro, pode ter certeza que eu vou me debruçar sobre esse pacote que eu quero apresentar em três semanas esse relatório, e não em 90 dias", explicou.
Veja quais são as notícias de destaque nos matutinos brasileiros
Bolsonaro não descarta ação militar na Venezuela; Maia muda o tom sobre a Previdência. Jornais de quarta (20)
O presidente Jair Bolsonaro e o presidente dos EUA Donald Trump fazem declaração à imprensa durante conferência na Casa Branca, em Washington — Foto: Brendan Smialowski/AFP
O encontro entre os presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump nos Estados Unidos nesta terça-feira (19), gerando emblemáticas concessões feitas pelo Brasil assim como sinalizações de acordos entre as duas nações, ganhou destaque nos principais jornais brasileiros.
O Estado de S.Paulo deu ênfase à postura de Jair Bolsonaro em relação à crise enfrentada na Venezuela. O jornal destaca que o presidente brasileiro passou a adotar uma nova postura, deixando em aberto até uma possível intervenção militar no país sul-americano. “Tem certas questões que se você divulgar deixam de ser estratégicas”, afirmou o presidente brasileiro.
O matutino paulista informa que, nos bastidores, as autoridades americanas afirmam que não pretendem investir em uma intervenção militar. Contudo, preferem deixar a ameaça em aberto. A ala militar brasileira também não quer apoiar o uso de armas no país vizinho. “Bolsonaro não descarta opção militar contra Maduro”, aponta a manchete do Estadão.
A Folha de S.Paulo detalha, na sua primeira página, um novo problema que Bolsonaro enfrentará ao desembarcar no Brasil: a mudança de tom do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, em relação à reforma da Previdência.
Segundo o jornal mais vendido no país, insatisfeito com a articulação do executiva no Congresso na questão da previdência e frustrado na relação direta com o próprio Bolsonaro, Maia questiona o desgaste sofrido por ele ao assumir o protagonismo na defesa das medidas no que diz respeito à reforma, consideradas impopulares pela população.
A Folha afirma que Maia teria ficado particularmente irritado com a declaração pública de Bolsonaro de que estaria sofrendo pressões da velha política. A fala aconteceu após uma reunião que os dois tiveram no Palácio do Alvorada.
O presidente da Câmara estaria decepcionado também com a ausência de lideranças do governo capazes de atender os deputados, ou seja, a chamada desorganização na articulação política.
Além de também registrar a nova postura de Bolsonaro em relação à Venezuela, a Folha ainda ressalta, na sua manchete, que o presidente conseguiu o apoio de Trump para a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), clube dos países mais ricos que pode dar ao país um selo de qualidade de políticas econômicas.
Veja os pontos positivos e negativos aqui.
O jornal paulista e o matutino carioca O Globo, que também destacou o tema em seu título principal, lembram que Bolsonaro decidiu – para ter o apoio na entrada da OCDE – abrir mão do tratamento especial que recebe na Organização Mundial do Comércio (OMC). Desde 1995, quando entrou na OMC, o Brasil é tratado como "país em desenvolvimento" e, por isso, têm algumas vantagens em relação aos outros, como mais prazo para acordos.
No entanto, os Estados Unidos são contra a diferença de tratamento, mesmo se um país for considerado subdesenvolvido. Após a conversa com Bolsonaro, Trump manteve o acordo e afirmou que apoia a entrada do Brasil na OCDE, mas não deu mais detalhes sobre o assunto. “Trump apoia a entrada do Brasil no em clube dos ricos”, afirma a manchete da Folha. ”Bolsonaro cede, e Trump promete apoio comercial", sublinha a manchete do Globo.
20 de março, quarta-feira – Comece o dia bem informado
Bom dia! Aqui estão os principais assuntos para você começar o dia bem-informado
Bolsonaro volta ao Brasil e a reforma da Previdência volta ao radar. O governo entrega hoje o projeto de mudanças no sistema de aposentadoria dos militares. É o que a CCJ da Câmara está esperando para iniciar as discussões da reforma. Copom se reúne pela 1ª vez sob nova direção, e o mercado espera que a taxa de juros se mantenha nos 6,5%. No Reino Unido, Theresa May vai a Bruxelas pedir adiamento do prazo do Brexit à União Europeia. E a última superlua do ano. O que você precisa saber hoje:
Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro e o presidente dos EUA, Donald Trump, durante pronunciamento na Casa Branca — Foto: Isac Nóbrega/PR
Jair Bolsonaro embarcou ontem à noite para o Brasil, depois de ter se encontrado com Donald Trump nos Estados Unidos. O Airbus A319 da Força Aérea Brasileira decolou às 22h18, e a previsão é que aterrisse em Brasília às 7h45 desta quarta. A visita aos EUA durou três dias. Além da reunião com Trump, o presidente discursou na Câmara Americana de Comércio e se encontrou com "formadores de opinião". Enquanto Bolsonaro estava em Washington, o governo publicou um decreto autorizando turistas de EUA, Japão, Canadá e Austrália a entrar no Brasil sem visto. Também foram assinados alguns acordos, entre os quais o que permite aos EUA lançar satélites da base de Alcântara (MA), e o que prevê a troca de informações entre a PF e o FBI.
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Previdência
Após desembarcar em Brasília, Bolsonaro vai receber, no Palácio da Alvorada, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo; e os chefes das Forças Armadas: o almirante Ilques Barbosa Júnior, comandante da Marinha; o general Edson Leal Pujol, comandante do Exército; e o Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez. Eles devem bater o martelo sobre a proposta de reforma da Previdência para os militares. Caso eles fechem o texto, os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Fernando Azevedo (Defesa) e Paulo Guedes (Economia) levarão a proposta ao Congresso.
Juros
Com o ritmo fraco de crescimento da economia e a inflação controlada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) deve manter hoje a taxa básica de juros da economia em 6,5% ao ano. Essa é a aposta da grande maioria dos economistas do mercado financeiro.
Brexit
Primeira-ministra britânica, Theresa May — Foto: Christopher Furlong / PA via AP Photo
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, retorna a Bruxelas, na Bélgica, para tentar modificar o acordo do Brexit junto aos líderes da União Europeia (UE). Eles ainda aguardam alguma solução da premiê para resolver o quebra-cabeça e evitar um divórcio abrupto. A 37 dias da data marcada para o Brexit, o acordo acertado entre May e o bloco europeu está em um beco sem saída. Em janeiro, o Parlamento britânico disse "não" para o texto da primeira-ministra – principalmente por causa do mecanismo projetado para evitar uma fronteira na ilha da Irlanda, o backstop, item que a UE se recusa a modificar.
Tragédia em Suzano
O massacre na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, completa uma semana. Para homenagear as vítimas do atentado que terminou com dez pessoas mortas, pelo menos duas celebrações serão realizadas na cidade: um ato ecumênico e uma missa.
'Que não se repita em nenhum lugar do mundo', diz tenente dos bombeiros que ajudou no socorro a vítimas da Raul Brasil
Tragédia na Nova Zelândia
Enterro de primeiras vítimas de massacre em mesquitas de Christchurch, na Nova Zelândia — Foto: William West / AFP Photo
Um refugiado sírio e seu filho foram enterrados na Nova Zelândia, nos primeiros funerais de vítimas do atentado contra duas mesquitas em Christchurch. A multidão se despediu de Khalid Mustafa, de 44 anos, e de seu filho Hamza, 15. Até o momento, apenas seis corpos das50 vítimas foram liberados pelas autoridades, que afirmam fazer o possível para acelerar as autopsias e a identificação das vítimas.
Ex-governador preso
A Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) julga hoje um pedido de habeas corpus do ex-governador do Rio Luiz Fernando Pezão (MDB). Ele foi preso no fim do ano passado, em novembro, durante a Operação Boca de Lobo. Ele é acusado de embolsar R$ 40 milhões em propina e de ter aperfeiçoado o esquema de seu antecessor, Sérgio Cabral (MDB).
Imposto de Renda
Veja quais bens precisam ser declarados à Receita e entenda se pode ser vantajoso declarar mesmo sem precisar.
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Mega-Sena
O concurso 2.135 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 33 milhões para quem acertar as seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h (horário de Brasília) em Cravinhos (SP).
Superlua
De tempos em tempos, a Lua parece maior. Ela atinge o perigeu: ponto da órbita mais próximo da Terra. A tudo isso chamamos de "superlua". A terceira e última do ano ocorre hoje e ela estará cheia às 22h43.
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Futebol
Campeonato Paulista
21h30: Ituano x Corinthians
21h30: Palmeiras x Ponte Preta
21h30: São Caetano x São Paulo
21h30: Botafogo-SP x Santos
Campeonato Carioca
21h30: Resende x Vasco
Hoje é dia de...
Dia Nacional do Teatro para a Infância e Juventude
Dia Nacional da Aquicultura
19 de março, terça-feira
Bom dia! Aqui estão os principais assuntos para você começar o dia bem-informado.
O presidente Jair Bolsonaro será recebido por Donald Trump hoje na Casa Branca. Além de comércio bilateral, os dois chefes de Estado conservadores devem discutir a situação política e econômica da Venezuela. Antes, o brasileiro terá audiência com o secretário-geral da OEA, Luis Almagro. Em Suzano, a Escola Estadual Raul Brasil volta a receber alunos, pais e convidados dos estudantes. Serão atividades de acolhimento. Ainda não há data definida para o retorno às aulas.
Trump recebe Bolsonaro
Jair Bolsonaro e Donald Trump — Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República e Alex Brandon/AP
Em sua primeira visita oficial aos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro será recebido hoje por Donald Trump na Casa Branca. Bolsonaro e a comitiva de ministros e assessores desembarcaram domingo em Washington. Eles retornam para Brasília nesta noite. Nos últimos dois dias, o presidente brasileiro participou de um jantar na casa do embaixador brasileiro Sérgio Amaral, foi à Câmara de Comércio e visitou a sede da Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA).
Bolsonaro abre o último dia de compromissos com uma audiência com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro. Compromisso mais aguardado da agenda, o primeiro encontro com Trump ocorrerá no início da tarde. Os dois chefes de Estado conservadores devem discutir durante a audiência comércio bilateral, parcerias estratégicas na área militar e a situação política e econômica da Venezuela.
Veja a agenda oficial de Bolsonaro nesta terça-feira em Washington (horário de Brasília):
10h30: Encontro com Luis Almagro, secretário-geral da OEA
13h00: Chegada à Casa Branca
14h45: Conferência de imprensa
15h30: Chegada ao Cemitério Nacional de Arlington para cerimônia de deposição floral
18h00: Reunião com lideranças religiosas norte-americanas
19h30: Jantar de trabalho
22h45: Partida para Brasília
Nos EUA, Bolsonaro diz: É preciso resolver 'questão da Venezuela'
Ontem, Bolsonaro citou a capacidade bélica dos EUA ao dizer que é preciso resolver 'questão da Venezuela'. Presidente deu declaração ao discursar no "Dia do Brasil em Washington", na Câmara de Comércio. Venezuela enfrenta crise política, e Brasil e EUA não reconhecem governo Maduro.
No início desta madrugada, Bolsonaro concedeu entrevista ao canal Fox News e disse querer que a "Venezuela volte à democracia" e que o Brasil é o país mais interessado em por fim ao governo de Nicolás Maduro. Ele também defendeu o muro na fronteira com o México para barrar imigrantes.
E mais:
Representantes dos governos do Brasil e dos EUA assinaram um acordo de salvaguardas tecnológicas (AST) para permitir o uso comercial do centro de lançamento de Alcântara, no Maranhão. Na prática, o acordo prevê que os norte-americanos poderão lançar satélites e foguetes da base maranhense. O território continuará sob jurisdição brasileira.
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Reforma da Previdência
O presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP) afirmou ontem à noite que a reforma da Previdência será votada e que estará aprovada no Senado até o recesso parlamentar, em 17 de julho. O prazo foi dado em entrevista ao programa 'Roda Viva', da TV Cultura. "No dia 17 de julho a gente vai estar com a reforma aprovada. Eu compreendo que a Câmara também está se vendo como parte desse processo de reconstrução do Brasil. O que atrapalhou foram esses 15 dias de formatação da Comissão de Constituição e Justiça", disse ao falar sobre o andamento do texto entre os deputados.
Tragédia em Suzano
Alunos de outras escolas fizeram ato ontem para homenagear vítimas do massacre na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano — Foto: Natan Lira / G1
A Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, volta a receber alunos nesta terça em atividades de acolhimento. Os pais e outros convidados dos estudantes também serão recebidos. Ainda não há data definida para o retorno às aulas. O secretário estadual de Educação, Rossieli Soares da Silva, afirmou que será respeitado o tempo de luto de cada um. O local foi palco de um massacre que deixou dez mortos na última quarta-feira (13). Ontem, a escola recebeu funcionários, que contaram com apoio de psicólogos e atividades de acolhimento.
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Mas por se tratar de emenda à Constituição (PEC), texto só irá ao Senado se tiver o apoio de pelo menos 308 dos 513 deputados, em dois turnos de votação.
O presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP) afirmou nesta segunda-feira (18) que a reforma da Previdência será votada e que estará aprovada no Senado até o recesso parlamentar, em 17 de julho. Antes, o senador previa que o texto seria aprovado antes de julho.
O prazo foi dado por Alcolumbre em entrevista ao programa 'Roda Viva', da TV Cultura. "No dia 17 de julho a gente vai estar com a reforma aprovada. Eu compreendo que a Câmara também está se vendo como parte desse processo de reconstrução do Brasil. O que atrapalhou foram esses 15 dias de formatação da Comissão de Constituição e Justiça", disse ao falar sobre o andamento do texto entre os deputados.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara é a primeira etapa para a tramitação do projeto enviado pelo presidente Jair Bolsonaro e foi instalada no dia 13 de março.
Se for aprovada a admissibilidade da proposta na CCJ, o texto seguirá para a análise de uma comissão especial, responsável por discutir o mérito da reforma, ou seja, o conteúdo enviado pelo governo.
Por se tratar de emenda à Constituição (PEC), a reforma da Previdência só seguirá para o Senado se tiver o apoio de pelo menos 308 dos 513 deputados, em dois turnos de votação.
Comitiva presidencial desembarcou em Washington no domingo (17). Além de se encontrar com o colega norte-americano, Bolsonaro se reunirá nesta terça com o secretário-geral da OEA.
Jair Bolsonaro e Donald Trump vão se encontrar nesta terça-feira pela primeira vez — Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República e Alex Brandon/AP
Em sua primeira visita oficial aos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro será recebido nesta terça-feira (19) pelo colega norte-americano Donald Trump na Casa Branca.
Bolsonaro e a comitiva de ministros e assessores que o acompanhou à América do Norte desembarcaram no último domingo (17) em Washington. Eles retornam para Brasília na noite desta terça.
Nos últimos dois dias, o presidente brasileiro participou de um jantar na casa do embaixador brasileiro Sérgio Amaral, foi à Câmara de Comércio e visitou a sede da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) na capital norte-americana.
Bolsonaro abre o último dia de compromissos em Washington com uma audiência com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro (leia ao final desta reportagem a agenda completa do último dia do presidente brasileiro nos Estados Unidos).
Compromisso mais aguardado da agenda de Bolsonaro nos EUA, o primeiro encontro com Donald Trump ocorrerá no início da tarde na Casa Branca. Os dois chefes de Estado conservadores devem discutir durante a audiência comércio bilateral, parcerias estratégicas na área militar e a situação política e econômica da Venezuela.
Críticos contundentes do regime bolivariano, Trump e Bolsonaro não reconhecem a legitimidade do novo mandato do presidente venezuelano Nicolás Maduro. Os presidentes dos EUA e do Brasil foram um dos primeiros chefes de Estado a reconhecer o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó.
Trump já admitiu que enviar militares para o país sul-americano "certamente é uma opção". O governo brasileiro tem repetido que não participaria de uma intervenção na Venezuela, porém, Bolsonaro citou nesta segunda (18) a capacidade "bélica" dos norte-americanos ao dizer que é preciso "resolver a questão da Venezuela".
No início desta madrugada, Bolsonaro concedeu entrevista ao canal Fox News, e disse que "queremos que Venezuela volte à democracia e que o Brasil é o país mais interessado em por fim ao governo de Nicolás Maduro". Ele também defendeu o muro na fronteira com o México para barrar imigrantes.
Após o encontro na Casa Branca, Bolsonaro e Trump darão uma declaração à imprensa. Na sequência, o presidente brasileiro visitará o cemitério nacional de Arlington. Criado em 1860 e localizado em uma colina em frente à cidade de Washington, o cemitério é o local de descanso dos restos mortais de 400 mil soldados americanos e de outros 11 países e é visitado anualmente por cerca de 4 milhões de pessoas.
Bolsonaro e Trump
Jair Bolsonaro e Donald Trump terão a primeira reunião bilateral em um momento no qual o Brasil defende intensificar as relações diplomáticas com os EUA.
Alinhados ideologicamente, os dois políticos têm em comum o discurso contrário à esquerda e ao sistema política, além do hábito de criticar a cobertura da imprensa tradicional. A rede CNN já definiu Bolsonaro como "Trump dos trópicos".
Ao parabenizar o colega brasileiro no ano passado pela vitória na eleição, o presidente dos Estados Unidos disse que desejava trabalhar com Bolsonaro nas áreas militar e de comércio.
Nesta segunda-feira, o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, disse que a expectativa da comitiva brasileira é "ótima" em relação ao encontro entre os presidentes de Brasil e EUA. Segundo o porta-voz, Trump demonstrou sua "fidalguia" ao hospedar o integrantes da comitiva presidencial na Blair House, uma distinção reservada a poucas autoridades.
Veja a agenda oficial de Bolsonaro nesta terça-feira em Washington (horário de Brasília):
10h30: Encontro com Luis Almagro, secretário-geral da OEA
13h00: Chegada à Casa Branca
14h45: Conferência de imprensa
15h30: Chegada ao Cemitério Nacional de Arlington para cerimônia de deposição floral
18h00: Reunião com lideranças religiosas norte-americanas
19h30: Jantar de trabalho
22h45: Partida para Brasília
Jair Bolsonaro e Donald Trump vão se encontrar nesta terça-feira pela primeira vez — Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República e Alex Brandon/AP
Marco Aurélio critica abertura de inquérito para investigar mensagens falsas e ataques a ministros
Ministro Marco Aurélio do STF questiona abertura de inquérito pelo presidente da corte
(Assista o vídeo)
https://globoplay.globo.com/v/7466307/
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou nesta segunda-feira (18) a decisão do presidente do tribunal, ministro Dias Toffoli, de determinar a abertura de inquérito para investigar mensagens falsas e ataques a ministros da Corte. Toffoli anunciou inquérito criminal na última quinta-feira (14), na abertura da sessão de julgamento do plenário.
O ministro Marco Aurélio Mello falou sobre diversos temas à GloboNews para o programa Em Foco com Andréia Sadi.
Questionado sobre a abertura do inquérito, Marco Aurélio disse que o STF deveria manter uma necessária distância de investigações que envolvam apuração de suposto crime contra a própria Corte.
"O Poder Executivo não pode e nem o Poder Legislativo. O que ocorre quando nos vem um contexto que sinaliza prática criminosa, nós oficiamos o procurador-geral da República, nós oficiamos o Estado acusador. Nós somos Estado julgador e devemos manter a necessária equidistância quanto a alguma coisa que surja em termos de persecução criminal", afirmou o ministro.
O inquérito foi aberto por uma portaria assinada pelo ministro Dias Toffoli com base no artigo 43 do regimento interno, que trata da polícia do tribunal.
De acordo com este artigo, "ocorrendo infração à lei penal na sede ou dependência do tribunal, o presidente instaurará inquérito, se envolver autoridade ou pessoa sujeita à sua jurisdição, ou delegará esta atribuição a outro ministro". "Nos demais casos, o presidente poderá proceder na forma deste artigo ou requisitar a instauração de inquérito à autoridade competente."
Dias Toffoli argumentou que é necessário combater informações falsas, um dos alvos do inquérito. No entendimento dele – e de outros ministros da corte – os ministros representam a sede do tribunal porque eles podem atuar de qualquer lugar do país.
Marco Aurélio também criticou a escolha – sem sorteio – do relator do inquérito, ministro Alexandre de Moraes e afirmou que teria se posicionado contra a abertura se o presidente do STF tivesse consultado o plenário.
"Não, porque não porque ele não submeteu a matéria, nós só atuamos a partir de provocação. Se ele tivesse submetido a matéria, não tenho a menor dúvida, é só perceber o que eu venho fazendo nesses muitos anos, eu me pronunciaria contra à instalação do inquérito e me pronunciaria também contra a designação de um relator, o ministro Alexandre de Moraes, porque o inquérito deveria ter ido à distribuição aleatoriamente via computador", disse o ministro.
Procurada sobre as críticas à abertura do inquérito, a presidência do STF disse, "que há precedentes nesse sentido. E que isso é o tipo de coisa no limite, que não precisa ser feito, mas se necessário, é preciso fazer".
EUA: Bolsonaro tem reuniões com ex-secretário do Tesouro e empresários
É a segunda viagem internacional do presidente; primeira foi a Davos
Em Washington (EUA), o presidente Jair Bolsonaro tem reuniões hoje (18) com o ex-secretário do Tesouro norte-americano Henry "Hank" Paulson, participa de cerimônia de assinatura de atos e janta com executivos do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos. É a primeira viagem internacional com caráter bilateral. Antes, o presidente foi a Davos, na Suíça, para o Forum Econômico Mundial.
Às 15h30, Bolsonaro se reúne com Henry "Hank" Paulson. No final da tarde, participa da cerimônia de assinatura de atos. As atenções estão voltadas para o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas entre o Brasil e os Estados Unidos.
A medida permitirá o uso comercial da Base de Lançamentos Aeroespaciais de Alcântara (MA). Estima-se que, em todo o mundo, exista uma média de 42 lançamentos comerciais de satélites por ano.
Blair House
O presidente da República está hospedado na Blair House, um palácio no qual ficam os convidados do governo norte-americano. A construção, de meados do século XIX, fica próxima à Casa Branca.
O prédio foi comprado em 1942 pelo governo dos Estados Unidos e tornou-se um complexo formado por quatro casas interligadas, incluindo o edifício original.
Amanhã (19) está previsto o encontro de Bolsonaro com o presidente Donald Trump. Haverá uma declaração à imprensa no Rose Garden. Em seguida, ele irá ao cemitério de Arlington.
Bolsonaro deve chegar a Brasília na quarta-feira (20). Em seguida, no dia 21, irá para o Chile onde participa da Cúpula do Prosur, grupo que se destina a implementar medidas de interesse dos países da América do Sul.
Fux nega que haja crise institucional entre STF e MP
Publicado em 18/03/2019 - 10:04
O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, disse hoje (18) que não há nenhuma crise institucional entre o Ministério Público e o STF. "MP e STF sempre se relacionaram bem e isso continuará", disse Fux, antes de evento na Fundação Getulio Vargas (FGV).
Sobre a questão do Caixa 2, segundo ele, o destino da ação penal, se irá para a Justiça Federal ou Eleitoral, continua sendo prerrogativa do MP.
"No momento da denúncia, o Ministério Público termina de enquadrar as condutas [criminosas]. É nesse momento que você verifica para que Justiça vai. Se oferecer a denúncia por crime eleitoral vai para a Justiça Eleitoral. Se for por crime federal vai para a Justiça Federal. O Caixa 2, por exemplo, depende da origem do dinheiro. Se você aplica na Justiça Eleitoral um dinheiro ilícito, você está lavando dinheiro", disse Fux.
Militares entram na mira de 'guru' de Bolsonaro
Mourão é o novo alvo de artilharia de Olavo
Um núcleo estratégico do Planalto entrou na mira de influenciadores das redes sociais do entorno do presidente Jair Bolsonaro e de seus filhos. O vice-presidente Hamilton Mourão e os militares passaram a enfrentar uma onda de críticas por não darem apoio público, por exemplo, à ofensiva pela liberação de armas.
Novo alvo da artilharia do escritor Olavo de Carvalho, Mourão prefere ignorar as críticas. "O senhor Olavo não me conhece, nunca conversou comigo. Não sabe quais as minhas ideias e, por conseguinte, não vou polemizar com ele", afirmou ele ao jornal O Estado de S. Paulo, sobre o "guru" do presidente Jair Bolsonaro.
O mais recente petardo foi desferido no sábado à noite, após um encontro com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, em Washington. "Mourão é um idiota", afirmou Olavo a jornalistas.
O ataque faz parte de uma ofensiva do escritor e seus seguidores contra o general da reserva - que assumiu a Presidência interinamente com a viagem de Bolsonaro aos Estados Unidos. Dos 287 posts de Olavo no Twitter nas duas primeiras semanas deste mês, 77 (27%) são críticos a Mourão e a militares de forma geral. Nas mensagens, o escritor alimenta a especulação de que o vice atua para derrubar o presidente.
No dia 11, Olavo chamou a atenção de seus seguidores para um projeto de lei apresentado pelo ex-deputado e senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB), que dá mais poderes ao vice. O texto não é tratado como prioridade pelo Senado, mas mereceu a atenção de Olavo. "O deputado que quer 'ampliar as funções do vice-presidente da República' é do PSB, pertencente ao Foro de São Paulo. O Mourão vive no coração dessa gente", disse Olavo pelo Twitter.
Pela proposta, o vice-presidente deve dar assistência "direta e imediata" na coordenação das ações de governo, no monitoramento dos órgãos, na supervisão dos ministros e nas análises de políticas públicas. Na contramão de Olavo, Mourão gostou da ideia por traçar um "norte" para o cargo que ocupa atualmente. "O vice poderia ser, por exemplo, um coordenador de determinadas ações governamentais, para utilizar melhor o potencial dele", afirmou ele.
Autor do texto, Veneziano disse que sua intenção foi apenas a de "preencher a lacuna constitucional". "Hoje, a Carta Magna só fala em substituição e sucessão como atribuição do vice-presidente", justificou.
Rede
Em reportagem publicada neste domingo, 17, o Estado mostrou que, ao lado de Bolsonaro, Olavo integra o núcleo central de uma rede bolsonarista "jacobina". O grupo atua na internet na promoção de linchamentos virtuais até mesmo de aliados do governo. As páginas desses influenciadores têm em comum a defesa da liberação de armas e os ataques a todos os que se opõem a isso, o que explica o fato de os militares terem virado alvo.
No início do mês, Olavo escancarou sua ira contra Mourão. "Por que, durante a campanha, o general Mourão jamais mostrou sua verdadeira face de desarmamentista, de adepto do abortismo, de protetor de comunistas, de inimigo visceral do bolsonarismo, de amante da mídia inimiga? Ele fingiu-se de companheiro fiel até chegar ao cargo", escreveu.
Entre os generais do círculo de Bolsonaro, não se costuma comentar ações dos filhos do presidente em relação à indústria de armas. Na última quarta-feira, por exemplo, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) apresentou um projeto - o primeiro de seu mandato - para autorizar a instalação de fábricas civis de armas de fogo e munições e evitar restrições à participação de empresas privadas estrangeiras do setor. O controle de armas no País é hoje de responsabilidade do Exército. Há um movimento para flexibilizar essa prerrogativa.
Interlocutora de Olavo, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) se incomoda com as críticas públicas do escritor ao governo. "Olavo sempre foi oposição e não está sabendo lidar agora, na situação. Se ele tem o telefone do Bolsonaro e quer realmente ajudar, poderia fazer uma ligação para aconselhar o presidente", afirmou Carla ao Estado. "Se fosse guru, falaria no privado, e não de forma a desestabilizar o governo."
A própria deputada foi alvo do escritor, que a chamou de "caipira" e "semianalfabeta" por ter viajado para a China numa comitiva com outros colegas, no início do ano. Carla é próxima de Bolsonaro e costuma frequentar o Palácio do Planalto. Com informações do Estadão Conteúdo.