Bolsonaro escolhe general para porta-voz do Planalto

O presidente Jair Bolsonaro escolheu o general de divisão Otávio Santana do Rêgo Barros para a função de porta-voz do governo

O general de divisão Otávio Santana do Rêgo Barros, pernambucano, de 58 anos, será o porta-voz do Planalto. A indicação é do general Villas Bôas e a decisão do presidente Jair Bolsonaro de escolher o oficial para o cargo levou em conta o trabalho de Rêgo Barros de uso das redes sociais. Chefiava o Centro de Comunicação Social do Exército, sob o comando do general Eduardo Villas Boas, que comandou o Exército de 2015 a 2019, até a semana passada.  Foi por meio do Twitter que Villas Bôas deu declarações que repercutiram na caserna e na política.

Barros é militar da ativa, com experiência em comunicação social e trato com a imprensa e um currículo que inclui participação na Missão de Paz no Haiti.

A escolha do oficial pernambucano para o cargo de porta-voz ocorre após semanas polêmicos recuos de informações de Bolsonaro e ministros. A equipe de governo tentou diversos nomes de civis para o posto, mas esbarrou especialmente na remuneração do serviço público. Rêgo Barros é ligado aos ministros Augusto Heleno Ribeiro (Gabinete de Segurança Institucional) e Santos Cruz (Secretaria de Governo). Ele é da turma de oficiais que atuaram no Haiti.

Rêgo Barros é natural de Recife e entrou na corporação em 3 de março de 1975, como aluno da Escola Preparatória de Cadetes do Exército. Em 1981, foi declarado aspirante a cadete. Rêgo Barros é bacharel em Ciências Militares, e doutor na mesma área. O militar foi assessor da cooperação militar Brasileira no Paraguai; integrou a Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti; esteve responsável pela segurança da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio + 20, junto a ONU. O general também já trabalhou assessoria da Secretaria de Assuntos Estratégicos no Palácio do Planalto e editou o livro Desafios estratégicos para a segurança e defesa cibernética pela Presidência da República.

Com informações de O Globo, G1, EBC e O Estado de S.Paulo